sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Fascismo?

O texto que vos deixo foi escrito por António Barreto, no Jornal Público, em Janeiro do ano passado. Um ano e meio depois, continua actual e incrivelmente preciso. Para quem apoia Sócrates e a sua ditadura moderna, desafio que comentem este artigo.

"Não sei se Sócrates é fascista. Não me parece, mas, sinceramente, não sei. De qualquer modo, o importante não está aí. O que ele não suporta é a independência dos outros, das pessoas, das organizações, das empresas ou das instituições. Não tolera ser contrariado, nem admite que se pense de modo diferente daquele que organizou com as suas poderosas agências de intoxicação a que chama de comunicação. No seu ideal de vida, todos seriam submetidos ao Regime Disciplinar da Função Pública, revisto e reforçado pelo seu governo. O Primeiro-ministro José Sócrates é a mais séria ameaça contra a liberdade, contra autonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoal que Portugal conheceu nas últimas três décadas. Temos de reconhecer: tão inquietante quanto esta tendência insaciável para o despotismo e a concentração de poder é a falta de reacção dos cidadãos. A passividade de tanta gente. Será anestesia? Resignação?
Acordo? Só se for medo…". António Barreto, in Público.

Análise mais precisa não pode existir. Este excerto foi retirado, repito, de um artigo publicado no Jornal Público, em Janeiro de 2008.

3 comentários:

  1. Eu não apoio nenhum tipo de ditadura, mas mesmo assim quero responder.

    1 - Manuel Alegre e Ana Gomes, dois contestatários de Sócrates, fazem parte integrante do partido e das suas listas. (O que não acontece nas listas do PSD, em que MFL afasta os seus opositores)

    2 - A peça sobre o Freeport da recém-despedida MMG provavelmente irá para o ar.

    3 - Esse quiz está a ficar parecido com o Alberto

    4 - Esse artigo não tem nenhum argumento concreto, apenas acusações insustentadas.

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  2. Manuela F Leite no exercício do seu poder escolhe como entender o que é melhor para o Partido e para o País. Escolhe quem quiser para as listas do Partido. Não afasta ninguém! Apenas prefere uns em detrimento de outros. E em minha opinião, parece-me lógico, escolher os que melhor se identificam com as suas próprias ideologias e orientações.

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  3. 1) Não considero que sejam acusações insustentadas, António Barreto limitou-se a traçar o perfil de Sócrates, que se manifesta na interpretação absolutista que faz do estado. O autoritarismo na educação é um dos melhores exemplos que sustenta esta tese.

    2) Em relação ao PSD, já escrevi num artigo que sou totalmente a favor do pluralismo de ideias dentro dos partidos. Aliás, manifestei-me contra o afastamento de Pedro Passos Coelho das listas (caso único, já que, por exemplo, Pedro Santana Lopes concorre a Lisboa pelo PSD). No entanto, tentar comparar o afastamento interno de um forte candidato social democrata parece-me uma desculpa fácil para o que foi escrito.

    3) Não percebo a crítica à sondagem, trata-se de uma pergunta legítima, acerca de um tema já sugerido nos melhores jornais do país (Público, Expresso).

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